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Pesquisa sobre doenças tropicais obtém financiamento europeu

20 de Novembro de 2020

Estudar os mecanismos de ativação de células que atuam na manutenção da imunidade nas infecções causadas por protozoários responsáveis pela doença de Chagas, leishmaniose e tripanossomíase africana. Esse é o objetivo principal do projeto "Immune precision medicine as new opportunity to control trypanosomatid diseases", que teve aprovado financiamento europeu no valor de 250 mil euros (cerca de 1,5 milhões de reais).

A pesquisa será financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), com coparticipação da Comunidade Europeia, e terá duração de três anos (2021-2023). A atividade vai ser desenvolvida em conjunto pelo Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa (IHMT-UNL) e pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), cujas ações serão realizadas por meio do Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas (PPGCF) e pelo Laboratório de Imunoparasitologia (LIMPA) do Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas do Centro de Ciências da Saúde (CCS).

A doença de Chagas, a leishmaniose e a tripanossomíase africana são doenças infecciosas que constam na lista da Organização Mundial de Saúde (OMS) como doenças tropicais negligenciadas e endêmicas em muitos países da América Latina, África e Ásia. Essas enfermidades são causadas por agentes infecciosos ou parasitas e atingem principalmente populações de baixa renda. Daí se verificar o reduzido investimento em pesquisas, em produção de medicamentos e em controle.

De acordo com o professor Marcelo Silva, que coordena o grupo de pesquisa e o LIMPA, a UFRN já desenvolve outras pesquisa nessa área em conjunto com várias instituições internacionais. Ele lembra que “desde o ano passado um projeto vem sendo desenvolvido entre a UFRN e o IHMT-UNL com o objetivo de identificar potenciais novos alvos para o desenvolvimento de fármacos e vacinas no contexto das infecções causadas por tripanosomatídeos”.

O professor também destaca que “esses projetos contribuem com as atividades de internacionalização da UFRN, através da mobilidade de professores, pesquisadores e alunos de pós-graduação, e no âmbito do desenvolvimento científico e inovação tecnológica de interesse regional, como é o caso das doenças tropicais negligenciadas”.

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[Marcone Maffezzolli - Jornalista - CCS/UFRN]