Pesquisa do CCS é finalista no 2º Prêmio Ciência pela Primeira Infância
Uma pesquisa do Programa de Pós Graduação em Fisioterapia (PPGFis), do Centro de Ciências da Saúde (CCS/UFRN), é finalista no 2° Prêmio Ciência pela Primeira Infância. Intitulado Um olhar para os nossos pequenos guerreiros: barreiras e oportunidades na continuidade do cuidado com o prematuro em vulnerabilidade socioeconômica, o trabalho da professora Silvana Alves avançou para as etapas finais da premiação. O resultado será divulgado em outubro.
A pesquisa integra a tese de doutorado da estudante Nathália Figueiredo, do PPGFis, e foi desenvolvida em parceria com o grupo de pesquisa Support and Assessment of the Family and Neonatal Environment (Safe/UFRN). O estudo traz resultados que podem contribuir para a formulação de políticas públicas voltadas à criação de um serviço centralizado e coordenado de intervenção precoce para bebês prematuros.
Segundo a professora Silvana Alves, embora a assistência ao parto e aos recém-nascidos seja prioridade nas políticas de saúde, questões socioeconômicas dificultam o acesso de algumas famílias a serviços especializados essenciais para a continuidade do cuidado após a alta hospitalar. Além disso, a falta de um serviço centralizado para essa assistência resulta em cuidados fragmentados e muitas vezes tardios.
Ela também explica que a implementação de um programa que identifique riscos de alterações no desenvolvimento ainda durante a internação, aliado a um sistema de regulação para o atendimento domiciliar imediato, poderia melhorar a continuidade do cuidado neonatal e o desenvolvimento saudável de bebês prematuros.
“Nosso projeto buscou identificar barreiras e oportunidades para a implementação de intervenções que favoreçam o desenvolvimento motor e cognitivo de prematuros durante a transição entre o hospital e a casa, especialmente em regiões de vulnerabilidade socioeconômica”, afirmou.
O resultado desse esforço foi a criação de um protocolo de intervenção precoce para capacitar as famílias de bebês prematuros na fase de transição hospital-casa. Esse protocolo pode ser adaptado a diferentes contextos sociais, econômicos e culturais do Brasil, garantindo que as intervenções cheguem às populações mais vulneráveis e assegurando a continuidade do cuidado e a inclusão dessas famílias em programas de apoio ao desenvolvimento.
“Preparar os pais durante a internação para o cuidado com o desenvolvimento do bebê prematuro agrega valor à pluralidade da infância brasileira, permitindo identificar barreiras e oportunidades para um desenvolvimento pleno. Quanto menores as sequelas no desenvolvimento de um prematuro, maior sua participação social, desempenho escolar e qualidade de vida dessas crianças”, concluiu.
O Prêmio Ciência pela Primeira Infância tem como finalidade disseminar o conhecimento científico que possa contribuir para a superação das desigualdades e para a melhoria de programas de Estado voltados a crianças de até seis anos e suas famílias. Os finalistas vão participar nos dias 10, 13 e 18 deste mês de oficinas formativas e a premiação ocorrerá em outubro.
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Marcone Maffezzolli – Jornalista
Assessor de Comunicação do CCS
(maffezzolli.ufrn@gmail.com)