Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o CCS, você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito e como remover, acesse aPolítica de cookies. Para saber como a UFRN trata os dados, acesse aPolítica de Privacidade. Se você concorda, clique em "Ciente".

Pesquisa do CCS conquista 1º lugar em Congresso Brasileiro de Cosmetologia

13 de Novembro de 2020

Uma pesquisa do programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas (PPGCF) conquistou a primeira colocação, disputando com 80 outros participantes, no 32° Congresso Brasileiro de Cosmetologia, que teve como tema "Consumidor Globalizado e Tecnologias Sustentáveis". O evento, voltado para divulgação de trabalhos técnico-científicos, aconteceu de forma remota, entre os dias 03 e 06 de novembro, e é considerado o maior nesse segmento na América Latina.

A premiação foi concedida à estudante Stella Maria Barreto, que apresentou um trabalho relacionado à tese que desenvolve junto ao PPGCF, que integra o Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A pesquisa foi orientada pelo professor Márcio Ferrari e coorientada pela professora Raquel Brandt, ambos do Departamento de Farmácia. Tendo como título "Avaliação da toxicidade e atividade antioxidante do resíduo agroindustrial de 'Agave sisalana' por meio de metodologias 'in vitro' e 'in vivo' utilizando modelos 'Caernorhabditselegans' ", o trabalho se destacou por trazer uma nova visão para a avaliação de matérias-primas de origem vegetal em substituição aos de origem animal.

Stella Maria Barreto explica que o objetivo do trabalho foi avaliar a toxicidade 'in vivo' de uma fração polissacarídica oriunda do resíduo de processamento das folhas de 'Agave sisalana' (conhecida como sisal) e o seu potencial antioxidante 'in vitro' e 'in vivo'. Ou seja, a pesquisa busca mostrar a viabilidade do desenvolvimento de uma matéria-prima desenvolvida a partir do rejeito da indústria de sisal que seria descartado. O desafio consiste em agregar valor a esse resíduo, para fazer dele uma novo material direcionado para as indústrias farmacêutica, alimentícia e cosmética. “Neste contexto estamos transformando um produto que poderia causar impacto ambiental em um insumo que pode contribuir para a bioeconomia sustentável regional e fomentar o bionegócio”, disse.

O professor Márcio Ferrari comenta que esse trabalho se destacou entre os demais concorrentes por trazer uma nova perspectiva quanto à avaliação de matérias-primas vegetais que podem substituir aquelas de origem vegetal. A pesquisa buscou avaliar o potencial antioxidante do material e a viabilidade para ser utilizada como um ativo antienvelhecimento. Dessa forma, se aponta para uma iniciativa que atua  no desenvolvimento sustentável de novos produtos cosméticos inseridos no contexto da economia circular. “Com isso, estamos também considerando os benefícios socioeconômicos regional na transformação deste subproduto em ingrediente para indústria cosmética”, disse.

Para Stella Maria, “esse premiação é o reconhecimento de um trabalho árduo no dia a dia do Laboratório de Cosméticos da UFRN. Isso nos faz acreditar que estamos no caminho certo dentro da busca pela evolução da ciência cosmética. É muito gratificante saber que uma ideia inovadora, que propõe soluções sustentáveis consoantes com o contexto atual de consumo responsável e preocupado com o meio ambiente está sendo vista e valorizada por todo o Brasil”.


[Marcone Maffezzolli - Jornalista - CCS/UFRN]