Guia fotográfico faz registro de plantas comestíveis da Caatinga
Informar sobre a biodiversidade alimentar e fazer o registro de plantas alimentícias biodiversas. Essa é a ideia que motivou a elaboração e publicação do "Guia fotográfico de alimentos biodiversos consumidos na Caatinga". O material é direcionado para estudante, pesquisadores e todos que queiram conhecer um pouco mais das variedades de plantas comestíveis consumidas por populações que vivem na Caatinga. Para acessar o material, clique no aqui.
O guia resulta de um projeto realizado no contexto das atividades do Laboratório Horta Comunitária Nutrir (LabNutri), vinculado ao Departamento de Nutrição (DNUT) do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A meta é ampliar o conhecimento a respeito das plantas comestíveis disponíveis no bioma da Caatinga, que cobre 95% do Rio Grande do Norte. Para fazer isso, foi necessária a colaboração de agricultores do RN e de Pernambuco, além do trabalho de uma equipe composta por nutricionistas, botânicos, etnobiólogos e estudantes de diversos cursos da UFRN.
A professora Michelle Jacob (DNUT), coordenadora do projeto, explica que o guia fotográfico enfoca as plantas alimentícias biodiversas, que são aquelas variedades de uso extensivo e cultivadas localmente (feijão, arroz, milho, por exemplo), mas também as plantas alimentícias não-convencionais, geralmente nativas, negligenciadas e de uso culturalmente limitado. O guia fotográfico é colorido e faz o repertório de 129 espécies de plantas e variedades, com informação sobre origem, partes comestíveis e usos culinários.
Outro aspecto desse guia é que ele busca relacionar as plantas ao contexto cultural em que elas estão situadas. “Toda planta tem pelo menos duas história. A história dela como ser vivo e aquela que contamos sobre ela como humanidade, aquela que nasce do nexo entre plantas e pessoas. Por isso, quando procuramos conhecer mais sobre uma planta, também aprendemos sobre como as pessoas selecionam, nomeiam, cozinham, ou seja, ampliamos um saber com um conhecimento associado a essas plantas”, conclui.