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Estudo propõe modelo de avaliação para serviços digitais na saúde

07 de Novembro de 2024

Desenvolver uma forma de avaliação das tecnologias digitais disponíveis para a Atenção Primária à Saúde (APS). Esse foi o desafio que levou pesquisadores do Centro de Ciências da Saúde da UFRN (CCS) e de outras instituições a proporem, no artigo Digital health and quality of care in Primary Health Care: an evaluation model, um modelo que permite avaliar a qualidade das intervenções na APS mediadas por serviços de saúde digital. O trabalho foi publicado na última semana na revista Frontiers in Públic Health.

O estudo responde ao crescente uso de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) no setor da saúde, incluindo desde o gerenciamento de dados de pacientes até o monitoramento remoto de condições crônicas e o uso de inteligência artificial para diagnósticos. Diante desse avanço, os pesquisadores ressaltam a importância de avaliar a eficácia e o impacto dessas tecnologias no atendimento à saúde.

A professora Alice Uchôa, do Departamento de Saúde Coletiva do CCS/UFRN e líder do grupo de trabalho, destaca que os formatos de avaliação existentes não contemplam adequadamente as particularidades e desafios da APS, especialmente em países de renda média, como o Brasil.

“Esses modelos, geralmente desenvolvidos em contextos de alta renda, falham ao relacionar os recursos e os processos de trabalho com seus impactos nos resultados e na melhoria efetiva da Atenção Primária à Saúde”, comentou.

A professora explica que o diferencial do modelo proposto está na avaliação do uso das TICs na área da Saúde, levando em conta aspectos fundamentais da APS, como o primeiro contato com paciente, o acompanhamento ao longo do tempo, a integralidade do atendimento e a coordenação do cuidado. Esse tipo de avaliação beneficia profissionais e gestores, ao facilitar a compreensão das potencialidades e limitações das TICs, possibilitando uma tomada de decisão mais informada e personalizada.

Além disso, os usuários dos serviços também se beneficiam, pois o novo modelo pode promover melhoria no atendimento, facilitar o acesso aos serviços de saúde e aprimorar a comunicação com os profissionais. “Para os pacientes, esse modelo de avaliação resulta em qualidade dos serviços oferecidos na APS, promovendo maior satisfação, mais participação na escolha dos recursos digitais e respeito à dignidade e privacidade no atendimento”, concluiu.

O estudo também conta como coautores os pesquisadores da UFRN: Ísis de Siqueira, Ewerton Brito, Aguinaldo de Araújo, Renan de Figueirêdo e Renan Cipriano Moioli; além de Cícera Diniz Vieira, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG); Claudia Martiniano, da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB);  e Luís Lapão, da Nova Escola de Ciência e Tecnologia (Caparica, Portugal).

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Marcone Maffezzolli – Jornalista 

Assessor de Comunicação do CCS 

(maffezzolli.ufrn@gmail.com)