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Projeto promove biodiversidade na alimentação escolar

27 de Julho de 2023

Promover o uso de alimentos da biodiversidade alimentar na alimentação escolar. Esse é o objetivo do projeto Curumim, cunhatã - o que a floresta nos dá amanhã?, realizado pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá com a parceria do Departamento de Nutrição (DNUT), do Centro de Ciências da Saúde (CCS/UFRN). Dentre as atividades do projeto estão a realização de grupos focais e de oficinas culinárias.

O público-alvo das ações desenvolvidas neste mês de julho foram os ribeirinhos e povos indígenas das reservas da Floresta Nacional (Flona) de Tefé, de Mamirauá e de Amaná, na região do Médio Solimões, no Amazonas. Trata-se de um ambiente rico em biodiversidade alimentar, mas que apresenta desafios quanto à inclusão dessa riqueza na alimentação escolar.

A professora do Dnut Michelle Jacob, que participa da mediação das oficinas culinárias e dos grupos focais (grupos de discussão) do projeto, destaca a necessidade de identificar esses desafios para poder apresentar alternativas que contribuam para a qualidade da alimentação nas escolas e para a inserção de itens alimentícios da região na refeição das crianças.

Segundo ela, a partir dos relatos colhidos nessas comunidades, foram identificados problemas relacionados à dificuldade de acesso de produtores e extrativistas aos processos de compras públicas; ao atraso no pagamento de fornecedores; a dificuldades logísticas, burocráticas e de infraestrutura para transporte e armazenamento de alimentos, entre outros.

“Como resultado dessas atividades, será elaborada uma nota técnica que será enviada ao Ministério Público Federal, governos municipais e estaduais, além do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), buscando encaminhar medidas adequadas”, explica.

Outra professora do Dnut que participa do projeto é Juliana Maia. De acordo com ela, esse diálogo com os envolvidos na alimentação escolar, em especial com os ribeirinhos e povos indígenas da região, é fundamental para buscar entender as dificuldades para incluir a biodiversidade local no prato das crianças.

OFICINAS

As oficinas culinárias do projeto Curumim, cunhatã (termos derivados da língua Tupí e que fazem referência, respectivamente, a menino e menina), além de destacar a riqueza dos alimentos da região do Médio Solimões, também buscam promover uma alimentação saudável no ambiente escolar. Para a professora Michelle Jacob, essa iniciativa contribui para a formação de bons hábitos alimentares desde cedo entre as crianças.

“Na escola, por exemplo, temos a oportunidade de expor as crianças a uma diversidade de sabores, promovendo assim hábitos alimentares mais saudáveis. Além disso, a oferta de alimentos na escola pode promover a saúde e bem-estar das crianças e ajudar no seu desempenho acadêmico, já que uma criança bem alimentada aprende melhor”, comenta.

Como exemplos da riqueza alimentar da região, em uma das oficinas culinárias foi montada uma mesa da biodiversidade com mais de 40 itens, incluindo plantas, cogumelos, banana-guariba, cará-do-ar, cupuaçu, pupunha, cacau, cacau-de-quina, jenipapo, cipó-de-alho, castanha-da-amazônia entre outros. A região também é rica em açaí, tucumã, farinhas, peixes locais e frutas.

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Marcone Maffezzolli – Jornalista

Assessor de Comunicação do CCS

(maffezzolli.ufrn@gmail.com)